Como a mastite bovina afeta a produção de leite?
A mastite bovina afeta a produção de leite, já que ela é uma das doenças mais comuns que acometem os gados pelo mundo.
Quando o animal sofre desse problema, o produtor consegue visualizar os problemas no leite, além de perceber inchaço nas mamas dos animais.
Mas, ainda existe a mastite subclínica que o animal não apresenta nenhum sintoma aparente e o leite também não demonstra nenhuma diferença, mas a prevalência é superior, já que a falta de conhecimento da doença pelos produtores faz com que ela se espalhe pelo rebanho antes que ele consiga impedir e, claro, quanto maior o número de cabeças doentes, menor a produção leiteira.
Por isso, vamos falar tudo sobre a mastite bovina para que os produtores entendam as causas, as desvantagens e quais as precauções para evitar que essa doença acometa o nosso gado.
O que é mastite bovina?
A enfermidade que é uma das mais comuns que são encontradas em nosso rebanho causa a inflamação das glândulas mamárias das vacas prejudicando a qualidade do leite que ela produz.
A vaca infectada pode deixar de produzir até três litros de leite por dia, ou seja, cem vacas doentes em um rebanho já deixaria de produzir 30 litros diariamente e, sabendo que temos o segundo maior rebanho do mundo e que somos os maiores produtores de leite, imagine o estrago que essa doença pode causar para a produção leiteira no Brasil.
Quando o animal apresenta essa doença, o dono do rebanho consegue visualizar uma vermelhidão nas mamas da vaca e, hoje, a mastite bovina é a responsável por 70% das perdas de animais relacionados a doenças.
Por ser altamente contagiosa, é uma das principais enfermidades que atingem nosso gado leiteiro, já que uma delas não apresenta sintomas, espalhando-se rapidamente pelo rebanho todo.
O que ocorre é um processo de inflamação que atinge as glândulas mamárias acompanhada de diversas alterações químicas no leite com mudança de cor e presença de coágulos.
O que causa a mastite bovina?
A mastite bovina é uma doença da natureza e suas causas podem ser variadas já que isso envolve o local que os animais estão situados, o tipo de micróbios que habitam esse lugar, as práticas de manuseamento utilizadas no momento de retirar o leite das vacas e até mesmo o estado fisiológico dos animais.
Além disso, as ações do homem também podem ser responsáveis pela contração dessas doenças nas vacas.
Por isso, existem diversos tipos de mastite e, falaremos sobre isso no tópico a seguir.
Quais são os tipos de mastite?
Existe a mastite contagiosa e a ambiental, sendo que a primeira é causada por bactérias que se adaptam às mamas do animal, causando infecções visíveis, enquanto a segunda, é causada por microorganismos que vivem naturalmente nos pastos, como os coliformes fecais.
A infecção pode ser de diferentes tipos. Acompanhe:
- Mastite clínica: apresenta sinal de inflamação facilmente visualizado pelo produtor, como edemas, aumento da temperatura das mamas, e aparecimento de bolinhas com pus e sangue nos órgãos do animal;
- Mastite subclínica: uma das piores formas da doença, já que, por não apresentar sintomas visíveis, torna-se pior para o gado, já que se espalha mais rapidamente. Não há nenhuma alteração no leite, por isso, pode chegar até as indústrias leiteiras antes de ser detectado, causando muito prejuízo para o produtor;
- Mastite crônica: a mastite crônica é caracterizada por úberes na mama da vaca e pode durar dias, meses e levar até mesmo a atrofia dos músculos do animal, causando a morte.
Como prevenir a mastite?
Para a prevenção da doença que é a responsável por diminuir a produção de leite e pela morte de muitos animais, devemos seguir os passos a seguir:
- Faça o manejo corretamente na ordenha, ou seja, completamente, sem deixar leite nas mamas, onde as bactérias se alojam espalhando a doença;
- calibre de forma constante o equipamento de ordenha;
- na secagem dos animais, faça isso em todo o rebanho, já que isso apresenta a maior parcela de cura em mastites;
- descarte animais crônicos, afinal, eles não tem cura;
- realize imediatamente o tratamento do gado doente;
- limpe adequadamente o ambiente que os animais vivem, principalmente onde eles ficam depois da ordenha.
E, para diagnosticar as doenças que não são visíveis, use o teste da caneca de fundo preto.
Teste da caneca de fundo preto
Esse teste é utilizado para diagnosticar mastite clínica na lactação e esse procedimento deve ser feito em qualquer ordenha, obrigatoriamente.
O teste é realizado com os três primeiros jatos de leite de cada teto, observando se há presença de sangue ou pus misturado ao líquido branco e, caso haja alguma variação e algum teto, devemos limpar a caneca antes de continuar testando outros animais, já que a contaminação fica na caneca e pode se espalhar por outras vacas.